Abaixo, confira na íntegra a reportagem realizada por Taylor Gentry com o psicopata Leslie Vernon, que trucidou uma trupe de jovens em Glen Echo.
Transcrevi toda a parte do documentário contido no filme Behind the Mask: the rise of Leslie Vernon, do qual postei a resenha no post abaixo. O documentário é muito interessante para os fãs de terror, ao fazer uma análise cuidadosa do gênero slasher e discutir seus muitos clichês.
Pra quem não viu e não quer perder o sabor de novidade, recomendo assistir a Behind the Mask… antes. Primeiro por ser um ótimo filme, segundo por que todas as falas abaixo fazem parte do filme e podem matar muito da diversão. Enfim, vai um aviso:
SPOILERS A SEGUIR!
Taylor Gentry
Bem-vindos a Glen Echo, uma comunidade como fotografia de cartão postal, que representa centenas de pequenas cidades por toda América. Mas existe uma atmosfera de mal indescritível ameaçando quebrar a paz desse paraíso. A mesma atmosfera do mal que tomou conta de cidades parecidas, por quase 30 anos.
A história é conhecida: em Cristal Lake, um louco chamado Jason Voorhees matou dezenas nas últimas três décadas. Deixando uma comunidade devastada, deserta, temerosa de sua próxima aparição.
Na Rua Elm, no subúrbio da comunidade de Springwood, assassinatos repetidamente cometidos deixaram cicatrizes psicológicas tão profundas, que algumas pessoas insistem que apenas sonhar com ele pode matar você durante o sono.
E em Haddonfield, um filho pródigo, Michael Myers, fez uma ataque similar, no dia do Halloween ou próximo dele, em pelo menos, 4 ocasiões diferentes. Para estes moradores, o Halloween nunca mais será o mesmo.
Quem são estes homens? Como fizeram, o que fizeram? Qual a conexão entre aquelas cidades e Glen Echo?
Teria sido aqui, em Glen Echo, segundo nosso contato, que a próxima encarnação de um mal inflexível emergirá. Há 20 anos e uma fazenda agora abandonada, havia um menino, supostamente possuído pelo mal, que foi tirado de sua casa por uma multidão enlouquecida e jogado em uma cachoeira, onde pereceu.
Molly e Silus Vernon eram um casal estranho, muito fechados. Nove meses após ser estrupada, Molly Vernon deu à luz um filho bastardo. Ele foi horrivelmente abusado. Foi forçado a morar no celeiro e induzido a viver como um escravo para arar os campos com apenas uma ferramenta manual. Um dia, segundo a lenda, o garoto se revoltou. Sob a lua cheia e sedento de sangue, ele assassinou Silus com a tal ferramenta. Enterrou o corpo nos campos e tirou a Molly de casa, levando-a à pequena capela da fazenda. Quando os crimes foram descobertos, uma imensa quantidade de pessoas tirou o garoto da casa, amarrou-Ihe as mãos e o levaram até a cachoeira, no rio Banks Vernalice, onde ele desapareceu nas águas congeladas. O corpo nunca foi achado pois, em águas tão frias, corpos não voltam a superfície…
Agora, aquele garoto está procurando vingança contra a cidade que o assassinou. Ele sabe disso, diz ele, porque ele mesmo é o herdeiro de um trono há tanto tempo mantido por Voorhees, Meyers e Kruger.
O nome deste homem é Leslie Vernon.
Uau! A quantidade de livros é impressionante.
Leslie Vernon – Este é meu orgulho e alegria! Ainda não fui capaz de arrumá-los ultimamente, estão caindo por todos os lados.
Percebi que muitos deles são manuais, livros de texto. Diria que a maior parte deles é…
LV – Relacionados ao trabalho? Bem, não sugiro Grey’s Anatomy para crianças. Tem a parte engraçada: Cooperfield, Houdini… “Fora do alcance”, “Táticas de fuga”… quer ver “Truques de Mágica”?
Na verdade, está falando sobre aterrorizar pessoas inocentes.
LV – Não! (risos)
Não? Por quê? Por que isso é engraçado?
LV – Veio até mim para descobrir como caras tipo Mike, Chucky e Freddy fazem o que fazem. Não o porquê. Não posso me sentar aqui, na primeira noite que a conheço e explicar a você. É como entender todo um processo. Ou não. Você decide.
Certo. Nos diga então… Como você faz?
LV – Vamos lá!
Ir aonde?
LV – Onde mais? Minha própria casa. Conhece a história de como fui caçado, e jogado na Cachoeira? No aniversário da minha morte, os jovens daqui desafiam uns aos outros para passar a noite na velha casa da fazenda. Esse ano irei reaparecer.
Por que não mora aqui ao invés de morar tão longe da cidade?
LV – Por que não posso, porque… Por que até onde é do interesse da cidade de Glen Echo, estou morto. Se é aqui que vou reaparecer… não posso ser visto de bobeira.
Entendi. Qual função isso revela?
LV – Fico feliz que tenha perguntado. Passo nº 1: preciso de uma âncora para minha lenda.
Por que faz tanto exercício físico?
LV – Para poder ser capaz de correr como uma gazela enlouquecida. Sem ficar sufocado, forçado. Toda aquela coisa, fazendo parecer com que se está andando, enquanto todos os outros estão correndo pra caramba. Tenho que tentar acompanhar eles. É difícil, meu. É duro!
Entendi. Qual o passo nº 2?
LV – Quando você tem a localização deve encontrar o grupo alvo.
Por grupo alvo você quer dizer vítimas?
LV – Mandioca, macacheira, tanto faz. Não é tão fácil quanto imagina. Acha que acorda uma manhã e começa a ficar obcecado por uma garota, então começa a segui-la? Mata todo mundo que fica em seu caminho.
Parece que acontece muito com alguns caras.
LV – As garotas são a chave. Mas elas têm que ter um elenco coadjuvante. São bonitas, crianças afortunadas, com libido saudável. E tem outros caras que não se movem tão rápido quando os colocamos pra correr. Então é melhor escolher bem seus números na hora de jogar. Tem que encontrar um grupo onde todos se encaixam, uma garota sobrevivente, e juntar a todos.
O que é uma garota sobrevivente?
LV – Desculpe-me, é um termo industrial, é… Uma garota que seja capaz de fugir de mim no final do dia.
O que há sobre esta garota de especial?
LV – Ela é virgem.
Quem é a sua garota sobrevivente?
LV – Já escolhi uma garota de Glen Echo. Se já não tivesse escolhido uma garota, ficaríamos muito fora do programado. Ela se chama Kelly Curtis.
Isso leva ao 3º passo?
LV – É o que chamo de “vôo próximo”. Só quero deixá-la um pouco paranóica, sabe… Deixá-la achando que há um problema chegando.
Então, onde vamos agora?
LV – Visitar meus dois melhores amigos. Eugene e sua esposa Jamie. Eugene é um velho profissional no negócio. Está aposentado agora, mas me ensinou muito. Acho que é bom conhecê-los, sabe, pra Ihe dar uma perspectiva. Como uma ponte entre o passado e o futuro.
O que ele está fazendo?
LV – Eugene está no tanque. Uma câmara de depravação dos sentidos. Sabe, como aqueles tubos grandes.
Por que ele faz isso?
LV – Ajuda a controlar as funções do corpo. Como o pessoal da Yoga. Que podem diminuir a respiração e a pulsação. Chegam a quatro pulsações por minuto, algo assim. É bom poder fazer isso. Caso precise fingir que está morto.
Mencionou que seu amigo se aposentou.
LV – Sim.
Por que continua fazendo isso?
LV – Não faço a mínima idéia.
Jamie, apóia Leslie no que está tentando fazer?
Jamie – Claro, vejo o quanto está trabalhando duro pra isso. Eu gostaria que escolhesse algo mais seguro pra fazer com sua vida, mas ele sabe o que é melhor para ele.
Então, Eugene, Leslie nos disse que se aposentou. Como eram os velhos tempos?
Eugene – Puxa! Era um mundo completamente diferente quando eu estava no jogo.
Como assim?
E – Bem, fui bem sucedido no fim dos anos 60 para os 70. Naquele tempo se prezava pela qualidade do trabalho. Quanto trabalho se conseguia fazer no ano e em quantos lugares, sabe? Não tínhamos toda a preparação que há hoje em dia. Sempre existiram picaretas por aí. Caras sujando o esquema. Fazendo badernas por aí, desrespeitando o trabalho. Acabam mortos ou presos. Não tem como se desfazer deles. Prejudica a todos nós. Degrada nossa reputação.
Você mencionou que, hoje, a maioria dos caras da sua linha de trabalho são picaretas…
E – Não estou falando dos caras que trabalham duro como Jay, Freddy e Mike. Não havia ninguém como eles nos velhos tempos. Batíamos forte, detonávamos todos e desaparecíamos o quanto antes, sem mesmo pensar em voltar. Esses garotos elevaram o negócio pra outro nível. Fizeram disso uma arte. Tornaram-se lendas por retornarem como uma maldição várias e várias vezes. Essa foi uma mudança radical de filosofia. Mudou o negócio todo…
O negócio de: “assassinos repentinos sobrenaturais”?
E – Não, minha jovem. Esse é o negócio do “medo”.
LV – Ela não está muito de acordo com toda a coisa de porque fazemos o que fazemos.
E – Toda cultura, toda civilização desde o surgimento do homem, teve seus monstros. Para o bem poder se contrapor ao mal deve haver o mal, não é?
E – Falando nisso, Les, Como está aquilo em que esteve trabalhando?
LV – Muito bem! Falei pra Jamie que a garota está mordendo a isca.
E – Já está com o “começo” todo armado?
LV – Creio que sim. Ela passa bastante tempo na biblioteca, pensei em fazer lá.
E- Ela conhece o zelador ou alguém de lá?
LV – Ia abater um dos amigos dela.
E – Acho melhor não, filho. Não desperdiçaria essa jogada logo de cara. Acaba esquentando muito cedo.
LV – Certo.
E – Há mais alguém? Ela conversa com alguém, um sem teto no caminho ou algo assim?
J – Ei, que tal uma bibliotecária? Se passa bastante tempo lá, provavelmente conhece algumas.
E – Essa é uma boa idéia, Les.
LV – Há uma senhora lá que a deixa ficar até mais tarde algumas vezes.
E – Bingo, temos um vencedor!
LV – Vou pensar nisso.
Leslie, o que é esse “começo vermelho”?
LV – É um ataque preliminar envolvendo Kelly indiretamente.
“Ataque” significa a primeira pessoa que irá matar?
LV – Sim. O próximo passo é fazer isso chegar nas mãos da Kelly.
O que é isso?
LV – Isso é um artigo sobre o suspeito que foi interrogado pelo estupro de minha mãe. Mark Daniel Curtis.
Ele é parente de Kelly?
LV – É tio-avô dela. Bem, supostamente.
Nossa! Ele parece muito com ela.
LV – É ela. É uma imagem gerada por computador. Muito bom, não? Ela não tem um tio-avô, que eu saiba.
Você criou isso?
LV – Sim, como muita coisa que usamos em CGI.
Então como isso acontecerá? Como funcionará?
LV – Não sei se funcionará. Só colocarei na frente dela e vou torcer pra que pegue e ligue os pontos. É um outro teste pra saber se estamos na mesma página. Na verdade, muito do que acontece aqui e agora, sucesso ou fracasso, depende dela. Do que ela faz.
E o que é isto?
LV – Artigos de jornal antigos são arquivados em microfilme. Troquei o verdadeiro por um com a história inventada sobre o tio-avô da Kelly. Se tudo correr bem, é bem difícil, mas se correr bem… Ela lerá parte do artigo no papel e depois vai querer ler o resto. Ela pedirá ajuda à bibliotecária e consultarão o microfilme. Lerão sobre a ligação com a família Curtis e a Kelly se desesperará. A bibliotecária dirá algo como: “tudo bem, querida. É apenas uma história antiga”. Então, faço minha aparição. É hora da ação, garotos.
Certo.
LV – Depois de degolar a bibliotecária e perseguir a Kelly um pouco, a deixarei ir embora. Se tivermos sorte, aparecerá um abnegado…
O que seria um abnegado?
LV – Abnegado, nesse contexto, é um reflexo de tudo que é bom na humanidade. Alguém que está disposto a defender outros do mal, mesmo que seja um grande sacrifício pessoal. Ele sabe quem sou eu. Ele sabe o que estarei fazendo. E nada vai pará-lo de tentar me impedir.
E depois?
LV – Depois, sejam bem-vindos ao lar dos meus supostos ancestrais.
Quer limitar o seu tempo lá dentro o máximo que puder? Por que isso?
LV – Para reestruturar sua mobilidade, vou querer manter os olhos em tudo e ao mesmo tempo. O pior é quando começa o jogo de esconde-esconde. Aquilo realmente te deixa devagar. Agora, se se esconderem no armário…
Por que não apenas chegar e pegá-los?
LV – Temos um código de ética, Tay. O armário é um lugar sagrado. É simbólico como um útero. O lugar mais seguro pra se estar, pois, no útero, somos inocentes.
Então isso quer dizer que é contra abortos, Leslie?
LV – De qualquer maneira, não se quer gastar muito tempo em apenas uma pessoa. Dá aos outros muito tempo para escapar. E essa é a regra número um: ninguém escapa. Se matar um, se não for uma verdadeira carnificina, é muito vergonhoso.No quarto é onde começaremos. Se tudo correr como espero, um cara levará sua garota lá para dar uns amassos. E é claro que estarei esperando por perto. O armário é o meu camarim. Espero lá até começarem a fazer a tal coisa e, aí, é a hora da decisão.
O que é uma situação de partida?
LV – Se eu tiver um bom senso de como as coisas estão indo, se todos estiverem ali. Uma vez que os dois terminarem, prepararei a área e farei parecer como que se estivessem dormindo.
Por quê?
LV – Bem, se alguém entrar e vir corpos retalhados, sairão correndo pela casa. Perderei controle deles cedo demais. Assim que possível, terá que restar somente eu e a Kelly. Tenho o controle do fusível principal, para cortar a energia. Para que eu possa descer de fininho as escadas, tirando vantagem dos momentos de caos. Claro que uma das primeiras reações, será ir atrás das lanternas, na cozinha. Coloquei somente baterias sem carga. Isso quer dizer que terão que ir ao porão, para checar a caixa de fusíveis. Lembrem-se, ninguém saberá dos corpos lá em cima, então, não haverá pânico.
E o que vem em seguida?
LV – Todos estarão festejando, com sorte Kelly não estará se divertindo nem um pouco. Seu namorado bêbado ficará frustrado e descontará nas drogas. As drogas serão de verdade. E aí as luzes vão se apagar. Um dos rapazes se oferecerá para ir até o porão e, sendo ele um grande saco de hormônios, ele levará sua garota para tentar se dar bem.
Não acha que é um pouco demais?
LV – Não, Taylor, estou apenas contando a história. Essa é a minha parte preferida: todas as luzes irão se apagar e ele dirá para ela continuar, dizendo que tudo está bem. Então eu o mato.
E ela? Você deixa ela ir?
LV – Ela é o estopim. Correrá de volta pra casa e começará o pânico. Isso me dará tempo para meu próximo passo. Não há fechadura no galpão de ferramentas, então usarei um corpo para assustar os garotos que forem lá em seguida. O galpão é o lugar seguro, não posso deixar ninguém entrar.
O armário. O útero.
LV – Certo. Apenas Kelly é permitida. Se mais alguém tentar entrar sairá com uma fratura craniana.
Tão sádico e, mesmo assim, genial.
LV – Obrigado.
Leslie, percebi que você quer que Kelly entre no galpão de ferramentas. Quer mesmo que a Kelly entre lá?
LV – Exatamente, Taylor. É o primeiro sinal de poder que estou procurando nela. É um momento crucial quando ela se transforma em heroína. Quando faz a transição de vítima para heroína. Isso se manifesta quando ela procura por uma arma muito grande e pesada. Sabe do que estou falando? É profundamente simbólico. Ela está se fortalecendo com um pênis.
Um pênis?
LV – Pode voltar ao passado e buscar todas aquelas mulheres que sobreviveram. E garanto a você, nenhuma delas conseguiu sem uma pequena arma.
Então está dizendo que ela irá buscar uma arma fálica de propósito.
LV – Ela buscará minha arma. Esse é o primordial, porque ela estará pegando minha masculinidade. E o poder que vem com ela.
Então você é contra abortos e ainda é chauvinista.
LV – São as convenções, Tay, temos que respeitá-las.
Vamos ver se entendi. Quer que ela se arme com uma arma fálica, tipo um machado?
LV – Mais ou menos. Machado, marreta, martelo de construção, bastões de pinos, etc. As armas óbvias estão sabotadas. Espero que ela não tenha sorte no primeiro golpe.
Quantas saídas existem na casa?
LV – Existem 11 saídas do primeiro andar. E umas oito ou nove que podem ser usadas no segundo andar.
Vai querer eliminar quantas forem possíveis.
LV – Exato. Eu discretamente fechei as janelas com pregos.
Elas não podem ser simplesmente quebradas?
LV – Acha isso? Ficaria surpresa, pois eles nunca pensam nisso. E quando eles as quebram é sempre no segundo andar ou mais alto. Aí, eles saem para o telhado e estão ferrados. Cortei os galhos maiores das árvores, para impedir que alguém desça. E os menores, deixei pré-cortados, igual ao celeiro. De qualquer forma, tudo vai se quebrar.
Isso parece trapaça.
LV – É preparação. Falando sério, estou em desvantagem aqui.
E o que vem em seguida?
LV – Eles se reagrupam e tenho um pequeno intervalo para evitar que saiam. Então volto para a frente da casa. E é aqui que o tempo se torna crítico. Eles querem acordar os dois garotos no andar de cima. E eles os encontram mortos e entram em pânico.
Muito bom.
LV – Estamos chegando ao final agora. Sabe o que vem em seguida?
Acho que sim.
LV – Por que não tenta a sorte?
Bem. Presumindo que eles vão correr…
LV – Não presuma, eles vão correr.
Vão tentar se esconder e verão mais corpos.
LV – Muito bom. E depois?
Eles irão para o único lugar que restou.
LV – Sim. Não. Pare. Não está esquecendo de nada?
O abnegado!
LV – Exatamente. Estarei esperando que ele chegue a qualquer momento. Tudo que tenho que fazer é mantê-lo ocupado, espalhando uns corpos pelo caminho. E então poderemos ter nosso momento do bem contra o mal.
Certo, mas Kelly está a solta. E agora?
LV – “Pièce de résistance”.
Se o armário representa o útero, o que é isso? O canal de nascimento?
LV –Muito bem, Taylor. Simbolos “Yonicos” são extremamente importantes no nosso trabalho.
“Yonic”?
LV – “Yonic”. O oposto de fálico. A genitália feminina
Então ela precisa passar um trauma psicológico além do físico?
LV – Se funcionar e ela for a escolhida, irá emergir. Sua inocência perdida volta a nascer pronta para vingança. Se ela fizer isso serei o homem mais feliz do mundo.
Antes de irmos, que tal alguns conselhos dos especialistas? Como alguém sobrevive a um encontro com Leslie ou com você, Eugene?
E – Eu digo. Nunca saia com uma virgem (risos). Se tem uma virgem na sua equipe, ou alguém transa com ela, ou se afaste dela. Além disso, a resposta mais simples é a seguinte: corra como um doido e não pare até que o sol nasça. Parece redundante, mas é isso. Não tente se esconder. Vamos encontrá-lo. Não tente ser um herói e nos enfrentar. Você irá perder. Escolha uma trilha aberta e corra em linha reta o mais distante que puder. E nunca, jamais, olhe pra trás. Porque não vai gostar do que vai ver. Garanto isso.
E quanto a ficar juntos?
E – Claro. Pode fazer isso. Tenha certeza de ter um desgraçado mais lento que você, quando for hora de correr (risos).
Está preocupado com o abnegado, Leslie?
LV – Não. Preciso manter minha concentração.
Na Kelly?
LV – Minha fé, minha longevidade, depende do que ela faz.
Mesmo assim, está tentando matá-la.
LV – Esse é o paradoxo do que faço.
Você a ama, não é?
LV – Amo a idéia sobre ela. O que espero que ela encontre dentro dela mesma.
O que não mata você o torna mais forte?
LV – Sim. Isso é como meu Natal. Se não parar e apreciar, passa tão rápido. Estou tão feliz.
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